Luiz carregando o Biquinho
Biquinho se foi no sábado. Segundo o Luiz, seus amigos vieram buscá-lo e ele saiu voando. O Luiz ficou um pouco triste, mas conformado. Ele passou a manhã de sábado vigiando o Biquinho de binóculo (esse foi um "plano" muito bom do vô Zé teve ), mas já estava na hora dele ir embora. Bem-te-vi não é passarinho de gaiola.
Depois do ataque de alguns "inimigos", ele acabou arrumando vários companheiros.
Todos os dias quando meu pai ou a Lulu (babás oficiais do Biquinho) o tiravam da gaiola outros bem-te-vis se aproximavam para alimentá-lo. Um dia chegaram com uma "lagarxixa" inteirinha. Outra vez trouxeram um pedaço de carne, mas como Biquinho devia estar de barriga cheia nem deu bola para o manjar. Isso também aconteceu quando ele passou um dia na casa da Caia. Segundo ela, um bem-te-vi chegou com uma minhoca no bico para alimentá-lo.
A preocupação do Luiz agora e se ele vai voltar um dia. Acho que sim, mas nunca teremos certeza, pois não vamos ter como identificar o Biquinho dos outros bem-te-vis. Ele até chegou a cogitar a hipótese de marcamos o peito dele com tinta guachê ou canetinha, mas acabou desistindo da idéia quando argumentei que não daria certo. Na primeira chuvinha a pintura iria sair.
Apesar de curta, a presença do Biquinho foi muito boa. No começo trouxe uma certa apreensão, mas o final acabou sendo feliz. A aparição de Biquinho acabou sendo um exercício sobre preservação e cuidado com os animais e, mais ainda, de generosidade e gentileza, tão em falta nos dias de hoje.
Nenhum comentário:
Postar um comentário