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sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Sobre erros e acertos




Reunião de pais é a melhor coisa que tem. Cheguei a essa conclusão ontem, depois de participar na última semana de reuniões com as professoras do Luiz e do Gabi.

Vivo fazendo autocrítica em relação ao meu comportamento com os meus filhos. Estou sempre preocupada, questionando se estou no caminho certo para que eles se tornem pessoas de bem, cidadãos mesmo, no melhor sentido da palavra. Tenho sempre dúvidas se meus "métodos" para educá-los são realmente bons, já que são baseados quase que exclusivamente na intuição, e não em regras ditadas por livros, pedagogos e pediatras, que muitas vezes nem filhos têm.

Ai veio a reunião da escola e percebi que aqueles coleguinhas dos meus meninos que eu achava uns anjos de candura e educação fazem birras homéricas, dão trabalho tanto quantos os meus, se recusam a comer e a tomar remédio, xingam, respondem os adultos e geram dúvidas, incertezas e angústias muitas vezes maiores que as minhas. Descubro que até mesmo a professora do Luiz, que é mãe de um coleguinha de sala do Gabi e uma educadora de primeira, de vez em quando perde a paciência, cede a uma chantagem emocional e pira diante de um boa pirraça. Descobri também que muitas vezes no desespero alguns pais usam táticas poucos ortodoxas para convencer os filhos, daquelas de arrepiar os educadores.

Mas apesar de tudo isso, o desejo de acertar é tão grande, que intuitivamente aprendemos a lidar com os erros e acertos, na tentativa de encontrar o melhor caminho. Afinal ninguém é perfeito. Muito menos as mães.

Ainda bem que a Super Nanny não sabe de nada disso.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Star Wars


O Luiz está viciado em "Guerra nas Estrelas". O Emerson comprou a primeira trilogia, levou os dois ao cinema para ver esse filme recente baseado nos originais que está em cartaz e pegou na locadora os episódios mais recentes. Se deixar, ele passa o dia inteiro vendo os filmes. Ontem acordou por volta das 3h e queria que eu colocasse um dos filmes para ele ver. Hoje passou a manhã inteira brincando de Luke Skywalker e seu sabre de luz. A nossa casa de papel e o tripé da máquina fotográfica do Emerson viraram naves espaciais e as espadas "sabres de luz". Aliás, no fim de semana ele me deu uma tirada daquelas por causa do filme. Perguntei se ele tinha gostado da espada de raio que o Luke usava e ele na hora me corrigiu: "Não é espada de raio, mãe. É sabre de luz". Todas as vezes que começa a assistir um dos filmes, ele repete o narrador, naquela cena em que o texto sobe pela tela. Também adora o R2D2.
Não é sem motivo que essa é uma das séries do cinema de maior sucesso no mundo e também uma das mais vistas. Com mais de três décadas de lançamento, o primeiro filme é de 1977, ela continua encantando as gerações. É cheia de efeitos especiais, disputas, suspense e ainda tem a história do Darth Vader ser o pai do Luke, que dá um tom todo especial à batalha.

Pedalzinho




Domingo os meninos foram participar do "Pedalzinho do Frango", um passeio de bike na Lagoa da Pampulha, somente para crianças. O Luiz estava se achando, todo paramentado, com "joelera", "caçapete" e tornozeleira. Há muito tempo que ele pedia para levá-lo para andar com a bicicleta, que ele ganhou há um ano e praticamente vive encostada.
O Gabi foi de triciclo, mas, como era previsto, não teve o mesmo entusiasmo que o irmão. Nem quis colocar o capacete que o Emerson comprou. Pedalou só um pouquinho com a ajuda da Luana.

sábado, 23 de agosto de 2008

Última dos rapazes

Os meninos cada dia têm uma tirada diferente, cada uma mais espirituosa e engraçada que a outra. Agora adotei a tática de escrever no mesmo dia para não esquecer.

Esperteza
Disse para o Luiz que iria trabalhar mais cedo na terça-feira para poder ir na reunião de pais. Ele imediatamente me corrigiu:
"De pais não. De mães. Pai nunca vai".
Como é esperto meu rapazinho!

Magreleza
"Nessa braço não está passando comidinha".
Do Gabi comentando a finura do braço da vó Maria, que desde segunda está lá em casa.
Hoje os dois passaram a manhã inteira empoleirados em cima dela, vendo televisão e brincando ao redor da cama.
Pena que ela não estava passando bem e ficou o tempo inteiro deitada

Super Veloz
Hoje estávamos vendo a disputa pelos 200 metros rasos na Olímpiada, quando o locutor anuncia que o jamaicano Usain Bolt tinha acabado de se tornar o homem mais rápido do mundo, ao bater o recorde consquistado há 12 anos pelo norte norte-americano Michael Johnson. O Luiz na hora faz cara de choro e reclama comigo que ele e não Bolt é o homem mais rápido do mundo. Para consolá-lo, digo que Bolt é o homem mais rápido do mundo e ele o menino "mais veloz do mundo". Ele dá uma corrida pela casa e pergunta: "Ninguém me alcança, não é mãe??" . Claro que não. Afinal ele é o Flecha Júnior e também o Flash Gordon. Todos super velozes.

Sobre as fotos

A seleção de fotos dos meus rapazinhos feita pela tia Quel ficou ótima. Do Luiz, as que eu mais gosto são uma em que ele aparece de terno no casamento dela e do Fabi e outra que ele está de cabelo sarará , feita lá na fazenda.
Ele adorou vestir terno, pois o pai só anda assim. Estava se sentindo o tal. O cabelinho de "cachinhos dourados" eu amava. Mas ele quis cortar para também ficar com o cabelo igual ao do pai. ALém disso, tinha gente (sem noção, é claro) que achava que ele era menina, e isso o irritava bastante.
Adoro também a foto do Gabi de palhaço, o mais mau humorado que já vi na vida. No dia da festa foi um custo para convencê-lo a vestir essa roupa e mesmo assim ele saiu de casa com a maior cara feia. Queria ir de "heróis". Para pintar o rosto foi outra peleja. Adoro também uma fotinha dele todo gordinho olhando para cima, com uma blusa amarela e as bochechas rosinhas. Ele estava segurando a cerca das girafas no zoológico. Foi a Quel quem tirou essa foto no dia em que fomos fazer um passeio com a Lira. Ele ainda era um bebê gordinho. Agora que já é um "garoto", como ele mesmo se intitula, não come nada. Se deixar passa a leite com Nescau. "Quick não".

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Lua de mel


Logo após o casamento da tia Quel e do tio Fabi, o Luiz toda hora ouvia a gente falar em lua de mel para cá, lua de mel para lá, pois os dois passaram quase 30 dias fora do Brasil e toda hora alguém falava alguma coisa a respeito. Um dia no carro ele me perguntou o que era lua de mel. Didaticamente expliquei que lua de mel era uma viagem feita pelo casal para comemorar o casamento. Na mesma hora ele me olhou e perguntou: "Mas como é que eu casei com a Laurinha e não tive lua de mel?".
Laurinha foi a dama de honra que fez par com ele no casamento da Quel. Ele acredita mesmo que casou com ela. Na festa de 90 anos da vó Maria e trinta da tia Quel, ele se encontrou com a Laurinha. Toda bonequinha, ela não deu a menor bola para ele. Sentido ele veio reclamar comigo: "Mãe, ela casou comigo e nem falou oi para mim". No fim, acabaram brincando a tarde inteira.
Quando me casei, o Serginho foi o pajém juntamente com a Taís, sobrinha do Emerson. Ele também sempre dizia que era casado com ela.

Patty


Dias antes da festa de aniversário dos meninos, perguntei ao Luiz quais coleguinhas ele gostaria de chamar, já que não dava para convidar todos. Ele foi listando: Mateus, João ´Vítor, Vítor, Tiago, Débora, Tainará, Laura Dolabela e Patrícia. Questionei na hora se a Patrícia era alguma colega nova, já que O Coleguium comprou uma escola lá no bairro e na sala tinham vários alunos novos. "Não mãe, é a Patty, irmã do Fabi", respondeu. Na mesma hora mandei repassar o convite especial pela Quel.
O Luiz é encantado com ela. Além de muito bonita, a foto aí em cima não me deixa mentir, ela tem um jeitinho todo especial com crianças. No fim de semana que passamos na fazenda do seu Lair, pai dela, o Luiz e a Leca ficavam rodeando ela toda hora. Uma hora o chamei para fazer alguma coisa e ele respondeu que preferia ficar "brincando com a Patty".
Sorte da Quel e do Fabi, porque tio é tão bom quanto vô e vó. Os meus rapazinhos não têm o que reclamar. São apaixonados pelo tios e tias. Cada um mais coruja que o outro. Todos sempre muito presentes.

Fotos Luiz






























quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Frases II

"Mãe, por que você não quer olhar nos meus olhos", do Luiz reclamando porque eu não queria dormir de frente para ele

"Mãe se você morrer a gente vai virar estrelinha para ficar do seu lado lá no céu", do Luiz, que é todo sentimental.

"Irmão, olha você bebendo a mamãe", do Gabi ao ver uma foto do Luiz amamentando no peito.

"Mãe, estou morrendo de calor, mas é que está muito quente. Mas morrer, mãe, também pode ser morrer para sempre e nunca mais viver", do Luiz me explicando didaticamente que uma mesma palavra pode ter mais de um significado.

Mais uma do Gabi


"Mãe, sua perereca canta", perguntou.
"Não", falei sem entender o motivo da pergunta feita enquanto tomávamos banho juntos.
"E ela toca violão", continuou.
"Também não", respondi, ainda sem entender.

Passados uns dias estávamos no carro e eu "poloquei" para tocar um CD com as músicas preferidas da turminha dele que a escola deu de presente. Só aí matei a charada da pergunta capiciosa. Uma delas é uma parlenda (aquelas musiquinhas cheias de rima que existem desde os tempos das nossas bisavós) que todo mundo já deve ter ouvido alguma vez na vida

"A pulga toca flauta/ perereca, violão/ piolho pequenininho/ também toca rabecão" .

Está explicado.

Lula na Fenda do Bikini




Em uma das últimas visitas do Lula a Minas Gerais, fui escalada para fazer a cobertura. Tinha de sair de casa cedo para chegar antes do presidente e como sempre estava atrasada e os meninos naquela enrolação costumeira para não me deixar sair. Na hora de sair, o Gabi perguntou o por quê da pressa. ""Tenho que correr atrás do Lula". No dia seguinte, toda hora ele me perguntava se eu tinha corrido atrás do Lula e eu respondia que sim. De repente ele me olhou e disparou: "E do Bob Esponja?".
Para quem não sabe, Lula Molusco é o vizinho rabugento do Bob Esponja. Os dois também trabalham juntos no restaurente do seu Siriqueijo. O Gabi achou que eu estava atrás dele, por isso toda hora me perguntava com ar intrigado se eu tinha mesmo corrido atrás do Lula. Expliquei para ele quem era o Lula e mostrei a foto que saiu no jornal.

Cruzeirense mesmo



Fim do mistério. Antes de entrar em férias, o Gabi todo dia fazia uma manha homérica para não "polocar" a camisa verde amarela do uniforme. Ontem, a tia Quel matou a charada. Ele disse para ela que não ia mais vestir a blusa, pois ela era da cor do Brasil e não do time dele, o Cruzeiro. A Quel explicou que o Brasil é o time de todos os brasileiros, até mesmo daqueles que torcem para o Galo ou para o Cruzeiro. Dia desses ele me pediu para ensinar para ele a "música do Cruzeiro", porque o Samuca sabe a "música do Galo, que só perde". Passei a incumbência para a Lulu e para o meu pai. Ao contrário do Luiz, desde pequeno o Gabi gosta de "chutebol". Até comprei uma travinha para ele, mas era uma porcaria da China que não durou nem um dia.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Partida de futebol




Fui escalada de última hora para o time de futebol da redação, já devidamente batizado de "As Minas". Na verdade já tinha sido convocada antes, mas devido a falta de motivação para encarar o esporte bretão de nascimento e brasileiro de coração, declinei do convite. Mas de última hora o time perdeu uma de suas jogadoras e novamente fui escalada. Na hora em que ia recusar mais uma vez, uma das organizadoras da equipe, muito espertamente, jogou a isca. "Mas seus meninos iam adorar te ver jogando", comentou Luizana. Topei imediatamente. Essa semana vou comprar a chuteira e começar a treinar. A torcida organizada já está a postos. Além de meninos vou exigir a presença de Leca & Lud e Lulu. Agora é torcer para não ficar na reserva e fazer pelo menos um gol. Tudo para não decepcionar meu amado fã clube.

P.S. A foto da jogadora em campo a Tia Quel vai tirar e postar após a primeira partida.

2º Edição do Dicionário do Luiz e do Gabi

Caramão - camarão
Peladando - pedalando
Tueca - cueca
Milsseu - míssil
Sábio - sei
Tiver - estar
Robela - rodela
polocar - colocar
amorado - namorado
eléquitra -elétrica
Biquiqueta - bicicleta
Guinfo - guincho
Lamba - lama
Napa - mapa
Aranhara - aranha
Limãozinho - irmãozinhho
Tiquete - Chicletes
Rôra - loura
Kepchup - Ketchup
cobara - cobra
Chutebol - futebol
Flamingo - flamengo
PS - quem tiver contribuições de novos verbetes, favor procurar a editora

"Mentira dele"


O Luiz não perdoa e entrega mesmo. Hoje de manhã me contou que o Gabi (para a tristeza da mãe) no dia anterior tinha cuspido na tia Mé, mas depois pediu desculpa (para o consolo da mãe). Depois a Neia me disse que também no dia anterior ele estava saindo da escola quando deu de cara com o pai do João Vitor que, salvo engano, chama-se Marcos.
Na mesma hora reclamou com ele que o João tinha batido nele durante a aula. O João Vítor desmentiu, mas ele não deixou passar batido. "É mentira dele. Ele me bateu mesmo, pode perguntar para a professora dele". Para o consolo do Luiz, o pai do João disse que ia "conversar com ele".
Para o Luiz tudo é mentira, até mesmo uma confusão de nomes e datas, uma mudança de planos. Se o Gabi troca o nome de alguma coisa que ele comeu ou algum lugar que ele foi, na mesma hora ele chama a atenção do irmão e diz que é "mentira". Comigo é a mesma coisa. Tenho que ficar vigilante para não ser tachada de mentirosa. Já expliquei para ele a diferença entre mentir e confundi, mas ele ainda não entendeu.
Esse episódio me lembrou da nossa juventude, na década de 80, quando a Juliana (irmã da Lê) e a Quel (minha irmã) ficavam de olho nos nossos papos e armações para saídas escondidadas (e olha que eram muitas) para depois nos entregar. Ou pelo menos ameaçar.

Ultraman


Comprei em uma loja super bacana no centro, na Galeria Praça Sete, um DVD do Ultraman. Lá tem tudo sobre animação e seriados antigos. O Luiz ficou, como ele mesmo gosta de dizer, enlouquecido com a série.
Quem já passou dos 30 deve se lembrar desse seriado japonês exibido no Brasil na década de 70 e que foi, junto com o Ultraseven, um dos precursores dos Power Rangers, seriado estadunidense que é sucesso entre a meninada de hoje. Meus rapazinhos adoram.
O legal desse DVD do Ultraman é que ele traz o primeiro episódio da série, criada no Japão, lá por meados da década de 60, ou seja tem pelo menos 40 anos. Nela, o Ultraman acaba parando por acaso na terra. Perseguindo o monstro Benlar, ele sem querer acerta a aeronave do capitão Hayata, que morre. Para ressuscitá-lo, Ultraman se funde com o capitão e todas as vezes que a terra está em perigo, Hayata ativa a cápsula Beta e se transforma no super herói .
Na hora em que o Ultraman cruzou as mãos em forma de L e disparou um super raio os meninos foram ao delírio. Passamos a manhã vendo o seriado. O DVD traz uns quatro episódios.
A próxima aquisição será o Ultraseven e a Mulher Maravilha, com sua corda mágica e seu avião invisível. A tia Mé ainda não viu, mas com certeza também ficará "enlouquecida"!!!!