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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Ilustre visita




Recebemos no sábado a visita da Júlia, já devidamente apelidade pela tia, de Totoca. Ela é a irmã mais nova da Leca e Ludi, outras duas paixões minha e dos meninos, e tem apenas um ano e dois meses.

Coisa mais fofa do mundo a Totoca. Chegou lá em casa um pouco tímida, mas logo se soltou e começou a conversar.

Foi a primeira vez que ela saiu sozinha com a Lê, sem os pais, Juliana e Eduardo. Foi uma tarde movimentada. Depois de almoçar na casa da Lê, as duas foram visitar a tia Marcela la no Gutierrez, depois foram lá para a minha casa e por fim para a casa da vó Efigênia buscar o Luiz e o Gabi. Na casa da vó ela ficou super a vontade, passando de colo em colo e brincando com os cachorros. Os pais, segundo a Lê, ficaram monitorando à distância.

O Gabi ficou um pouco enciumado e não gostou na hora em que ela o chamou de neném e depois de Bibi. "Sou garoto, sou o Gueibis (apelido também colocado pela Lê, é óbvio)". Mas acabou gostando quando ela fez carinho nele e depois já estava pegando na maozinha dela. Expliquei que ela o chamou daquele jeito, pois ainda não sabe falar direito e conhece poucas palavrinhas.

Deus é uma pessoa?

Ontem (domingo) o Luiz me perguntou se Deus era uma pessoa e se ele existiu de verdade. Pega de supetão, fiquei um pouco desconcertada. Ele fez essa pergunta assim que colocamos o pé em casa. Dei uma enrolada nele e mudei de assunto rapidamente. Depois fiquei matutando como vou responder da próxima vez em que ele perguntar.

Hoje, por coincidência, achei a resposta em um livro que foi doado para a biblioteca da redação e que fala sobre religião e crianças. A Alana viu o livro e me mostrou de brincadeira. Tem um capítulo em que o filho dos autores, um casal de filósofos, Nicolas, de 5 anos, faz essa mesma pergunta. Apesar de ser um livro sobre ateísmo, achei a resposta bem bacana. Vou ler, adaptar e postar o texto, para quem se interessar.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Ciúmes II

O Luiz também teve crise de ciúmes essa semana quando viu uma foto do Gabi entre a Leca e a Ludi. Era de noite. Eu estava no banho e ele vendo televisão. De repente o chefe entra no banheiro todo bravo, me dando uma dura porque ele não estava na foto. "Quero que a Leca e Ludi ponham essa mesma roupa para tirar outra foto comigo", reclamou e saiu resmungando.
Quando cheguei no quarto tinham várias fotos deles espalhadas pela cama, mas a maioria, por coincidência, eram do Gabi. Tinham algumas dele em preto e branco, fato que ele também reprovou. Queria que eu desse um jeito de colorir todas. Também por coincidência também tinham mais fotos do Gabi com as meninas e nenhuma dele. O rapaz ficou uma fera. Já repassei a reclamação para a madrinha Alessandra e domingo vamos providenciar uma foto exclusiva dele ao lado da Leca e da Ludi.
Lidar com mandões não é fácil, ainda mais quando ficam enciumados.

Ciúmes I


O gabi ficou com ciúmes do bebê da tia Quel e do tio Fabi. Na hora que contei que a Quel estava grávida ele reclamou de imediato:"Ti (que) droga!!". Ignorei e continuei falando sobre a novidade. Ela tapou os ouvidos e pediu para eu parar com essa "bobalhada" (ele inventou essa palavra e fala direto). Depois quando mostrei a mamadeira do Galo que comprei de presente, tapou os olhos. Logo depois a Quel chegou e ele escondeu o rosto no sofá da sala de tevê.
Mas com jeitinho a Quel dobrou o rapaz e rapidinho ele já estava aos beijos com ela. Ela contou para ele que se o bebê for uma menina vai se chamar Gabriela. O Luiz adorou a notícia. Primeiro disse que queria que fosse menina. Depois lembrou que ainda não tem nenhum primo e mudou de idéia.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Insone

O Gabi acordou hoje por volta da 1h da madrugada. Queria mamar, mas acho que perdeu o sono. Só foi dormir lá pelas 3h. Eu nem sei ao certo, pois acho que dormi primeiro que ele. No início, relutei em levá-lo para a minha cama e deitei na dele. Mas ele disparou a falar sem parar, a contar casos na maior altura e eu acabei cedendo para não acordar o Luiz.
Além de tudo, gastou toda sua lábia para me convencer a deixá-lo ir para o meu quarto. "Mãe, sua cama é grande, maior que a minha, não é? E tão maciinha. Dá até para pular nela. Na da vovó Lena não dá. Ela não deixa". Isso foi só o começo.

O rapazinho cantou a música do Brasil (Hino Nacional), que ele também "sábio", depois contou histórias da Chapeuzinho Vermelho e dos Três Porquinhos, falou que voltou a ser amigo do Samuca (ufa!! Já estava preocupada) e deu detalhes da aula, recitou a qaudrinha que está ensaiando para o Dia dos Pais, abriu a janela para ver porque não estava passando nem um carro na rua, fez um milhão de perguntas e por afora.

Horóscopo dos meninos







Recebi um e-mail com o singos dos meninos. Acho que tem um pouco a ver com a personalidade dos dois. Os grifos são meus.

Gêmeos (Luiz)

As crianças de Gêmeos são brilhantes, rápidas, espertas e ativas - provavelmente, ativas demais para a maioria dos pais. Também são capazes de fazer mais que uma coisa ao mesmo tempo. Com elas, não existe um minuto de tédio. Na verdade, o tédio é, para elas, verdadeiramente terrível. Aprendem as coisas com rapidez e são muito imitadores , portanto, tenha cuidado com os seus próprios maus hábitos. O geminiano não consegue prestar atenção em uma única coisa por muito tempo, mas absorve tudo rapidamente. Ajude o geminiano a desenvolver bons hábitos de leitura, e seu maior problema - mantê-lo ocupado- será solucionado. Com toda sua rapidez e destreza manual, os geminianos são bons nos esportes. Talvez por isso gostem tanto de jogar. Às vezes, a vida pode parecer um jogo para esses espíritos livres, sempre voltados para a próxima experiência. Quando o assunto for disciplina, essa criança muito mental responderá melhor se você explicar o porquê de uma ação. Para obter resultados, apresente razões lógicas e firmes.


Câncer (Gabi)

A criança de Câncer costuma ser quieta, tímida e um tanto frágil, necessitando sempre de atenção. É um dengo só. É uma criança bastante meiga e dificilmente você não vai olhá-la como se fosse um ursinho de pelúcia. E como todo bicho de pelúcia, dá vontade de apertar. Não se espante se ela se assustar com pessoas estranhas e barulhos muito altos. Muito ligado às emoções, o pequeno canceriano, desde pequeno, registra tudo o que acontece ao seu redor, por isso, se você for discutir com familiares em sua presença, saiba que ele nunca mais vai esquecer. Seu senso de responsabilidade aparece desde cedo, e ele ajudará seus pais a cuidar da casa, organizando o que puder, não sendo difícil querer trabalhar desde cedo. Meninas adoram bonecas e meninos adoram bolas. As crianças de Câncer também, só que muito mais. São crianças meigas e doces, mas quando são contrariadas embirram, fazem bico e tudo o mais que uma criança enfezada pode fazer, até chantagem emocional, que aprendem desde cedo e vão usar até o fim da vida.

Poderoso chefão

Chefe é chefe e ponto final. Lá em casa o todo poderoso chefão se chama Luiz Mello Ribeiro da Silva. Tem apenas cinco anos, mas na hora de mandar parece um adulto. Um dia me propôs com a maior tranquilidade que eu mandasse só no Gabi e ele em mim. Fácil, não.

Hoje teve um surto de "mandonice". Mandou até no Gabi, controlou as brincadeiras, e se intitulou o "chefe" do exército que protege as estrelas. O argumento para convencer o Gabriel a aceitar suas imposições era de que ele tinha nascido primeiro. O Gabi topou por um bom tempo e os dois brincaram praticamente a manhã inteira, sem nenhum desentendimento. Depois se rebelou contra o chefão. Aí começaram as brigas.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

TIA!

Breve esse blog terá muito mais novidades. É que está chegando mais um rapazinho ou mocinha, não sabemos ainda, para trazer mais alegria e também muitas muitas risadas com os passinhos trocados, as primeiras palavras, as perguntas desconcertantes e aquelas tiradas sensacionais.

A tia Quel está grávida e pelas minhas contas o bebê deve chegar lá pelo mês de maio. Prometo registrar tudo. E até que ele fique grandinho para poder passear sem os pais, vamos fazendo uma poupança para comprar um carro maior, com capacidade para transportar todos os meninos. Segundo a Lê, nossa única opção é uma kombi.


segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Tiradas

"Mãe, vamos morar naquela cidade que teve `academia´ de dengue", do Luiz, que resolveu se mudar para uma cidade que tem praia.

"Mãe, eu `sábio` jogar no `compitador´ ", do Gabi, que anda cada dia mais sábio e tagarela.

Birra


O Gabi deu agora para fazer birra. Domingo fez birra para ir embora de Lagoa Santa no banco da frente, sentado no meu colo. Ignorei a pirraça e ele veio chorando e "birrando", como diz a madrinha, durante um bom tempo. Hoje fui buscar o Luiz na casa do pai e da rua ouvi o Gabi berrando. Motivo: queria ter ido comigo buscar o irmão. Não foi porque não quis, pois estava brincando no "compitador" e não queria ir. Na semana passada fez birra para não colocar o uniforme e depois para não ir para a escola. Meu procedimento é sempre ignorar a birra , mas quando ele fica muito nervoso (o rapazinho é bravo, mais bravo mesmo) tenho de intervir. Hoje depois de mais um show fui me consultar com o doutor Google, um ótimo pediatra e especialista em crianças. Segundo doutor Google, as birras podem ocorrer em qualquer fase da infância, mas são mais comuns até os três anos.

O problema do Gabi é que ele só tem 3 anos, mas como é muito esperto a gente esquece que faz pouco que ele deixou de ser bebê. Mas mesmo assim não cedo durante as birras.

Argumento sempre, se não tem jeito espero acalmar para depois conversa. E no fim dou muitos abraços e beijos. Em relação a escola conversei com ele bastante e desde quinta não teve mais nenhum problema. Hoje fui falar de novo com ele, mas nem precisou. "Eu sábio que não pode chorar para ir para a escola. A Clarinha chora também, mas ela pára. O Breno não", contou. A Clarinha acabou de ganhar uma irmãzinha e não quer mais deixar a mãe em casa para ir para a aula. O Breno entrou na escola no mês passado e ainda não se adaptou.

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Ufanista


O Luiz está apaixonado pelo Hino Nacional. Em comemoração à semana da pátria, a escola montou uma programação especial que incluia a exceução do hino antes do início das aulas. Ele se encantou com a música e com a letra. Sábado fomos para o zoológico cantando o hino. Todo dia também temos de cantá-lo. Como a letra é grande, ele aina não conseguiu aprendê-la toda, mas ele já sabe o final de todos os versos. Ele também troca várias palavras, mas é muito bonitinho vê-lo cantar. No lugar de "margens plácidas" ele fala "margens plásticas" e "penhor dessa igualdade" é "penhor dessa maldade" . Hoje me perguntou o que era "brado retumbante" e no sabádo o que era "Pátria".

"Gigante pela própria natureza,És belo, és forte, impávido colosso,E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,Entre outras mil,És tu, Brasil,Ó Pátria amada!Dos filhos deste solo és mãe gentil,Pátria amada,Brasil!"

Essa é a estrofe que ele mais gosta.
Hoje pedi para a Lê baixar o hino para eu colocar para ele ouvir.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Crescidinhos

Meus rapazinhos estão crescendo e deixando de ser os "grudinhos da mamãe". Estou me sentindo abandonada. Imagina quando chegar a adolescência!! Sei que o caminho natural é esse, afinal eles já não são mais bebês, "são garotos", como definiu o próprio Gabi, já fazem muitas coisas sozinhos e, principalmente, expressam suas opiniões com muita clareza.
Mas precisava tanta independência tão cedo???

Sábado mandei o Luiz fazer xixi antes de dormir e ele me respondeu com a maior seriedade.
"Só faço xixi quando estou com vontade e a agora não estou com vontade".
Pode uma coisa dessas? Ele só tem cinco anos, mas os argumentos...

No dia seguinte me chamou no canto para conversar. Na verdade queria me convencer a deixá-lo dormir na casa da vó Lena. "Me deixa dormir na casa da sua mãe só mais três dias". Repetiu o mesmo pedido várias vezes, cada vez querendo ficar mais tempo (80 dias, três anos, cinco dias). No fim deixei mais um dia.

Achei que o Gabi ia preferir ir embora comigo. Doce engano. Dei banho nele, troquei de roupa e na hora de irmos para BH, sem cerimônia, me disse. "Pode ir embora, mãe. Eu vou ficar".

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Nasceu!!











Pesando 3, 240 quilos e medindo 48 centímetros, nasceu ontem, dia 3 de setembro, às 23h40, Theo Andrade Silva, o bebê mais desejado que já conheci na vida. Bebês, na maioria das vezes, nascem a partir de um desejo de colocar um pedacinho da gente no mundo para continuar nossa história e alegrar a família. Com o Theo não foi diferente.

Mas o que o torna tão especial, tão querido, tão amado não é esse desejo, que acomete a maioria dos casais. Foi o caminho que a Ariadna e o Paulinho tiveram de traçar para que ele chegasse ao mundo perfeito e com saúde - na verdade um gatinho (sem corujice ) com uma vasta e indomável cabeleira moicana. Caminho marcado, antes de tudo, por uma fé inabalável, por uma coragem impressionante e por um vontade enorme de superar obstáculos e realizar um sonho.

Hoje quando vi o Theo mamando no PEITO fiquei tão feliz que me emocionei. Sei que foi só o começo. Esse corajoso rapazinho vai nos dar ainda muito mais alegrias pela vida afora. Para os pais, deverá dar também alguma dor de cabeça, muitas noites sem dormir, cabelos brancos, aflições, preocupações e muitas dúvidas. Mas antes de tudo muita felicidade.

Theo, seja bem vindo!!!!!.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Novo emprego

O Luiz quer que eu mude de profissão. Quer que eu arrume um emprego que permita buscá-lo na escola e chegar em casa antes dele dormir. De nada adianta eu argumentar que não busco na escola e não coloco na cama, mas passo a manhã inteira por conta dele e do Gabi. Levo na pracinha, na casa do vô, faço dever, bricamos, toda vez que saio para algum lugar levo os dois, almoço sempre com eles. Dia desses reclamou que ninguém o buscava na escola, só a Neia. Acionei a tia Quel e ela foi lá na escolinha pegar os dois na escola. Toda vez que estou de folga na semana, fato que se repete duas vezes por mês, levo, busco e depois saimos para passear. Tudo em vão. Ele anda inconformado.

Hoje, diante de mais uma reclamação, o Gabi gaiatamente deu a sugestão para um novo emprego. Trabalhar no Mac Donald ou no Habibs para pegar todos as supresinhas. O Luiz aprovou a idéia de imediato. Argumentei que no Mac Donald ou no Habibs eu trabalharia muito mais que no jornal, pois lanchonete funciona o dia inteiro e até tarde da noite. Já mostrei minha foto e meu nome no jornal para tentar convencê-lo sobre como é legar ter uma mãe repórter, que tem mesmo que trabalhar sábados, domingos e feriados, pois jornal sai todo dia. Além disso falei a verdade. "Não vou deixar de ser repórter. A mamãe gosta muito de trabalhar no jornal".

Por isso estou formalmente recrutando interessados em buscá-los de vez em quando na escola ou ficar com eles um pouquinho durante a noite. A tia Quel, é claro, já se ofereceu.

Garotos espertos

"Mãe, você não está sendo gentil comigo", do Luiz reclamando de uma bronca que dei nele.

"Eu não `engolo´ chicletes. Sou um garoto esperto", do Gabi minutos antes de engulir um chicletes inteiro.

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Sâo João sem Braço

A antiga expressão "golpe do João sem braço" é muito usada por todo mundo lá em casa. O Luiz não ficou atrás. Espertinho feito ele é, o rapazinho num instante entendeu perfeitamente o sentido. Dia desses, o Gabi fez a maior manha para não ir na escola. Já pronto de banho tomado e uniforme, disse para a Neia que estava com dor de garganta e que não podia ir na aula. Por precaução, ela voltou com o Gabi da porta da escola. Na hora de buscar o Luiz na escola, ele deu a maior bronca nela, cobrando providências para que o Gabi não matasse mais aula.

"Não quero nem saber, Neia. Amanhã o Gabi tem que ir para a escola. Ele está dando o golpe do João-sem-braço para matar aula", reclamou.

Resolvi pesquisar na internet a origem dessa expressão. Achei uma única referência. Dizem que ela surgiu por causa de um santo que só sacudia os ombros quando os devotos pediam um milagre. Acabou virando sinônimo de dar um golpe fingindo de bobo, de inocente.

Há mais tempo, o Luiz também disse para a mãe do João que os dois quando eram pequenos viviam "em pé de guerra", outra expressão que a gente usa muito.